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Os Meios da Graça - A Maneira de Crescer na Vida Cristã - Earl Blackburn

Os Meios da Graça - A Maneira de Crescer na Vida Cristã 
               
   Vida é uma experiência maravilhosa. Começa através de uma obra sobrenatural realizada pela imerecida graça de Deus no coração e na vida de uma pessoa. O Espírito de Deus aplica a obra de Cristo, na

cruz, aos muitos que estão espiritualmente mortos. Ele os regenera,
levando-os a arrependerem-se do pecado e a exercitarem a fé no Senhor Jesus Cristo. Isto se chama salvação, que é uma obra gloriosa da graça e do Espírito de Deus.
Com freqüência, os novos convertidos indagam o que acontece
após nascerem de novo e iniciarem a vida cristã. Uma vez que Deus os salvou, Ele os deixa prosseguir motivados em seus próprios recursos e nas obras de sua própria carne, para chegarem à presença dEle, no céu?
O apóstolo Paulo responde: “Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne?” (Gl 3.3).
A vida cristã começa pela graça, pela atividade do soberano Espírito de Deus, e deve ser continuada da mesma maneira. Isto não significa que não existe qualquer atividade da parte do crente. Pelo contrário, a Palavra de Deus afirma que os salvos foram “criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.10); e: “Desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.12-13 — nota: estes versículos, que têm sido grosseiramente mal utilizados pelas seitas, não ensinam a salvação pelas obras; antes, são dos muitos versículos que demonstram a completa gratuidade da salvação). Além disso, os crentes são instruídos. Avida cristã começa pela graça, pela atividade do soberano Espírito de Deus,
e deve ser continuada da mesma maneira. 8 Fé para Hoje
a crescerem “na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo” (2 Pe 3.18). 
O que o gracioso e amável Deus do céu concedeu aos crentes para
ajudá-los a desenvolverem sua salvação, fazerem as boas obras que Ele determinou e crescerem na graça? Deus ofereceu-lhes coisas específicas a fim de obterem esses resultados desejados; ofereceu-lhes o que os teólogos chamam de “meios da graça”. 

A Continuação desse artigo nós do Blog A batalha Cristã  recomendamos a leitura do mesmo em PDF.

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Altamente recomendado.
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
Posted by Daniel Filho

Como Fazer Uso dos Meios de Graça - Dr. Joel Beeke



Exercita-te, pessoalmente, na piedade. [...] Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza. Até à minha chegada, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino. Não te faças negligente para com o dom que há em ti, o qual te foi concedido mediante profecia, com a imposição das mãos do presbitério. Medita estas coisas e nelas sê diligente, para que o teu progresso a todos seja manifesto. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes. (1 Tm 4.7.12-16)

Os meios da graça são frutos de uma noiva que deseja ter maior comunhão com seu Noivo e não de uma tentativa de sermos aceitos por Cristo. Somos aceitos com base em sua graça, e essa graça nos leva a buscarmos ativamente o Amado de nossas almas.

Consideraremos meios de graça como qualquer exercício pessoal através do qual Deus possa nos aproximar de Cristo. Quero destacar três âmbitos dos meios da graça: o particular, o corporativo e o interpessoal.

Meios particulares da graça

Ler as Escrituras

É nosso dever diário ler Palavra de Deus. Para o crente a bíblia é uma carta de amor que Deus o envia diariamente. Um puritano enumerou oito formas de lermos as Escrituras:
1.Com diligência – como um homem cavando em busca de um tesouro;
2.Com sabedoria – não ficar demasiado tempo em um só livro, etc;
3.Com preparação – prepararmo-nos espiritualmente e logisticamente para ler a Palavra (buscar um local tranquilo, etc.);
4.Com meditação – ler a bíblia, meditar e depois orar com base na meditação;
5.Com conversas piedosas – conversar com outros sobre o que lemos;
6.Com fé – fé é a chave. Outros livros podem informá-lo ou reforma-lo, mas só a bíblia pode transformá-lo.
7.Com prática.
8.Com oração.

A leitura da bíblia não só transforma você, mas impacta as pessoas a sua volta. Então, saiba que você não irá crescer muito em santidade e a sua vida não irá impactar outras pessoas se você não estiver diariamente buscando, amando, vivendo as Escrituras.

Meditar nas Escrituras

A diferença entre ler e meditar é na meditação você se concentra em um assunto ou texto específico. Os puritanos faziam muito isso, contudo a nossa geração perdeu essa prática. Os puritanos apresentavam sete passos para a meditação:
1.Ore para que o Espírito Santo foque a sua mente na meditação;
2.Leia uma parte das Escrituras e medite em um ou dois versículos ou em uma doutrina específica contida no texto.
3.Memorize este versículo para ajuda-lo em sua meditação;
4.Medite em tudo o que sabe sobre aquele verso, usando o livro da Escritura, o livro da Consciência e da Memória e o livro da Natureza e buscando aplicar tais coisas em sua vida.
5.Estimule suas afeições enquanto medita, tais como amor, alegria, zelo.
6.Faça uma resolução espiritual – os puritanos normalmente escreviam essa resolução em seus diários e oravam
7.Termine sua meditação com ações de graças ou cantando os salmos, pois isto ajudará a memorizar a Palavra.

Oração e Prática

Os reformadores diziam “Orare et labutare” – ore e labute. Se você ora, mas não pratica, você está andando em círculos. A prática é importante, mas a oração deve ter prioridade. John Bunyan já dizia: “Você pode fazer mais do que orar depois de ter orado, mas você não pode fazer nada mais do que orar até ter orado”. Quanto mais oramos, mais saberemos quão pouco temos dessa graça. Por isso, priorize a oração; entregue a sua vida à oração.

Um dos nossos problemas, mesmo sendo reformados e conservadores em nossa teologia, é marginalizar a oração, tratando-a como um apêndice de um livro. Martinho Lutero em meio a suas ocupações disse: “Tenho tanto para fazer hoje que acho que passarei as primeiras três horas em oração”.

Quando você orar, a melhor maneira de orar a Deus é orar Palavra para Ele. Deus gosta de ouvir sua própria Palavra. Mostre para Ele as promessas e diga “Senhor, faça como dissestes”.

Manter um diário espiritual

Os puritanos mantinham um registro de suas alegrias e problemas espirituais e isso os encorajava a contemplar a ação de Deus em suas vidas.

Meios coorporativos da graça

Faça melhor uso da pregação

Os puritanos chamavam o Sabbath de o mercado da alma – assim como eles iam ao mercado para comprarem sua comida natural, eles, no domingo, alimentavam a sua alma. Um determinado puritano aconselhou inclusive sobre como ouvir sermões, dizendo: “antes de ir ao culto, vista a sua alma com oração; venha com um santo apetite; esteja atento a palavra pregada; receba-a com fé e mansidão; e, então, lute para mantê-la, meditando nela; ore sobre ela depois do fim do sermão.”

Além disso, precisamos conversar sobre o sermão com nossos irmãos e filhos.

Faça melhor uso dos sacramentos

Os sacramentos trazem a Palavra de forma mais sensorial. Não temos um Cristo melhor nos sacramentos do que na Palavra, mas muitas vezes percebemos a Cristo de forma mais clara.

Faça melhor uso da comunhão dos santos

Precisamos compartilhar nossas experiências espirituais uns com os outros. Aconselhar, exortar e edificar um aos outros. Cristãos mais maduros tem o dever de edificar cristãos mais novos. Você, provavelmente, se tornará semelhante aos amigos (e livros) com os quais você se associa.

Meios interpessoais da graça

Deveríamos nos ocupar com evangelismo e com o serviço cristão, sendo exemplares e fugindo do mundanismo.

Em todos esses meios de graça devemos buscar a Jesus Cristo. Toda a nossa santidade está em Cristo. E usamos esses meios de graça para nos preparar para o nosso casamento, onde o nosso Noivo nos tornará perfeitos e seremos totalmente santos, como uma Noiva sem mácula, nem ruga
http://abatalhacrista.blogspot.com.br/
Assista a pregação completa no vídeo abaixo:

Como Fazer Uso dos Meios de Graça from Ministério Fiel on Vimeo.

A Malignidade do Pecado - John Flavel

[Por: John Flavel]
“…Se a morte de Cristo foi aquilo que satisfez a Deus em favor de nossos pecados, existe uma infinita malignidade no pecado, visto que ele não pôde ser expiado de outro modo, senão por meio de uma satisfação infinita. Os tolos zombam do pecado, e existem poucas pessoas no mundo que se mostram verdadeiramente sensíveis a respeito de sua malignidade. No entanto, é certo que, se Deus exigisse de você a penalidade completa, os sofrimentos eternos não seriam capazes de expiar a malignidade que se encontra em um só pensamento pecaminoso. Talvez você pense que é muito severo o fato de que Deus sujeitaria as suas criaturas aos sofrimentos eternos por causa do pecado e nunca mais ficaria satisfeito com elas. Quando, porém, você considerar bem a verdade de que o Ser contra o qual você peca é o Deus infinitamente bendito e meditar em como Ele agiu em relação aos anjos que caíram, você mudará de ideia. Oh! Que malignidade profunda existe no pecado! Se você deseja entender quão grave e horrível é o pecado, avalie seus próprios pensamentos, quer à luz da infinita santidade e excelência de Deus, que é ofendido pelo pecado; quer à luz dos sofrimentos de Cristo, que morreu para oferecer satisfação pelo pecado. Então, você obterá compreensões profundas a respeito da gravidade do pecado.
Se a morte de Cristo satisfez a Deus e, consequentemente, nos redimiu da maldição do pecado, a redenção de nossa alma é caríssima. As almas são preciosas e muito valiosas diante de Deus. “Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” (1 Pe 1.18-19). Somente o sangue de Deus é um equivalente para a redenção de nossa alma. Ouro e prata podem redimir-nos da servidão humana, mas não podem livrar-nos da prisão do inferno .”… 
John Flavel - The Fontain of Life – sermon 14 (The Satisfaction of Christ)
Fonte: Editora Fiel (Extraído do texto “A Malignidade do Pecado“)
domingo, 23 de fevereiro de 2014
Posted by Daniel Filho

MORTIFICANDO O PECADO PELO ESPÍRITO SANTO



Assim, pois, irmãos, somos devedores, não à carne como se constrangidos a viver segundo a carne. Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis” (Romanos 8.12-13).
A santificação é um processo em que o próprio homem desempenha uma parte. Nessa parte, o homem é chamado a fazer algo “pelo Espírito”, que está nele. Consideraremos agora o que exatamente o homem tem de fazer. A exortação é esta: “Se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo”. O crente é chamado a mortificar os feitos do corpo.
Temos, primeiramente, de abordar a palavra corpo, que se refere ao nosso corpo físico, nossa estrutura física, conforme vemos também no versículo 10. A palavra não significa “carne”. Até o grande Dr. John Owen se enganou neste ponto e trata a palavra como uma alusão à “carne” e não ao “corpo”. Mas o apóstolo, que antes falara tanto a respeito de “carne”, agora fala sobre o “corpo”. Ele fez isso noversículos 10 e 11, assim como o fizera no versículo 12 do capítulo 6. Paulo se referia a este corpo físico em que o pecado ainda permanece e que um dia será ressuscitado em “incorruptibilidade” e glorificado, para tornar-se semelhante ao corpo glorificado de nosso bendito Senhor e Salvador.
Enfatizo novamente que temos de ser claros neste assunto, porque está sujeito a ser mal entendido. O ensino não é que o corpo humano ou a matéria são inerentemente pecaminosos. Já houve heréticos que ensinaram esse erro conhecido como dualismo. Ao contrário disso, o Novo Testamento ensina que o homem foi criado bom tanto em corpo, alma e espírito. Não ensina que a matéria é sempre má e que, por essa razão, o corpo é sempre mau. Houve um tempo em que o corpo era… totalmente livre do pecado. Mas, quando o homem caiu e pecou, todo o seu ser caiu, e ele se tornou pecaminoso no corpo, mente e espírito.
Temos visto que pelo novo nascimento o espírito do homem é liberto. Ele recebe vida nova — “O espírito é vida, por causa da justiça” (Rm 8.10). Mas o corpo ainda “está morto por causa do pecado”. Esse é o ensino do Novo Testamento! Em outras palavras, embora o crente seja regenerado, ainda permanece em um corpo mortal. Por isso enfrentamos problemas para viver a vida cristã, visto que temos de lutar contra o pecado enquanto estivermos neste mundo, pois o corpo é fonte e instrumento de pecado e corrupção. Nossos corpos ainda não foram redimidos. Eles o serão, mas agora o pecado ainda permanece neles.
Conforme vimos, o apóstolo deixa isso bem claro. Em 1 Coríntios 9.27, ele disse: “Esmurro o meu corpo” (1 Cor 9.27), porque o corpo nos impele a obras más. Isso não significa que os instintos do corpo são em si mesmos pecaminosos. Os instintos são naturais e normais, não sendo, inerentemente, pecaminosos. Mas o pecado que permanece em nós está sempre tentando levar os instintos naturais a direções erradas. O pecado tenta levá-los a “afeições imoderadas”, a exagerá-los; tenta fazer-nos comer demais, satisfazer em excesso todos os nossos instintos, de modo que se tornem “imoderados”. Vendo esse assunto de outro ângulo, esse princípio pecaminoso tenta impedir-nos de dar atenção ao processo de disciplina e autocontrole ao qual somos constantemente chamados nas páginas das Escrituras. O pecado remanescente no corpo tende a agir dessa maneira. Por isso, o apóstolo fala sobre os “feitos do corpo”. O pecado tenta tornar o natural e normal em algo pecaminoso e mau.
O termo “mortificar” explica-se a si mesmo. “Mortificar” significa matar, trazer à morte… logo, a exortação diz que temos de matar, por um fim nos “feitos do corpo”. De uma perspectiva prática, esta é a grande exortação do Novo Testamento em conexão com a santificação e se dirige a todos os crentes.
Como devemos fazer isso?… O apóstolo esclarece: “Se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo” — pelo Espírito! É claro que o Espírito é mencionado particularmente porque a sua presença e sua obra são características peculiares do verdadeiro cristianismo. Isto é o que diferencia o cristianismo da moralidade, do “legalismo” e do falso puritanismo — “pelo Espírito”. O Espírito Santo, conforme já vimos, está em nós crentes. Você não pode ser um crente sem o Espírito Santo. Se você é um crente, o Espírito Santo de Deus está em você, agindo em você. Ele nos capacita, nos dá forças e poder. Ele nos traz a grande salvação que o Senhor Jesus Cristo realizou, capacitando-nos a desenvolvê-la. Portanto, o crente nunca deve se queixar de falta de capacidade e poder. Se o crente diz: “Eu não posso fazer isso”, está negando as Escrituras. Aquele que é habitado pelo Espírito Santo nunca deve proferir tais palavras; fazê-lo significa negar a verdade a respeito dele mesmo.
Conforme disse o apóstolo João, o crente é alguém que pode dizer: “Temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça” (Jo 1.16). No capítulo 15 de seu evangelho, João descreve os cristãos como ramos da Videira Verdadeira. Por isso, nunca devemos afirmar que não temos poder. Certamente, o Diabo está ativo no mundo e tem grande poder; contudo, “maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1 Jo 4.4). Ou considere novamente aquela importante declaração feita em 1 João 5.18-19: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado”. A expressão “não vive em pecado” expressa uma ação contínua no presente, e o sentido é este: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive pecando”. Por que não? Porque “Aquele que nasceu de Deus” — ou seja, o Senhor Jesus Cristo — “o guarda, e o Maligno não lhe toca”.
João afirmou que isso é verdade em relação a todos os crentes. O crente não vive no pecado porque Cristo está vivendo nele, e o Maligno não pode tocar-lhe. Isso significa não somente que o Maligno não exerce controle sobre o crente, mas também que o Maligno não pode nem mesmo tocar-lhe. O crente não está sobre o poder do Maligno. E, para incutir isso no crente, João afirmou em seguida: “Sabemos que somos de Deus”; e quanto ao mundo: “O mundo inteiro jaz no Maligno” (1 Jo 5.19). O mundo está nos braços e domínio do Maligno, que o controla… O Diabo tem completamente em suas mãos e controle o mundo e os homens que pertencem ao mundo, os quais são suas vítimas indefesas. Não há sentido em dizer a tais pessoas que mortifiquem “os feitos do corpo”; elas não podem fazer isso, porque estão sob o poder do Diabo. Mas a situação do crente é outra; ele pertence a Deus e o Maligno não lhe pode tocar. O Diabo pode rugir para o crente e amedrontá-lo ocasionalmente, mas não pode tocar-lhe e, muito menos, controlá-lo.
Essas são afirmações típicas que o Novo Testamento faz a respeito do crente. E, quando compreendemos que o Espírito está em nós, experimentamos o seu poder. Somos chamados a usar e exercitar o poder que está em nós pela habitação do Espírito Santo. “Assim, pois, irmãos, somos devedores, não à carne como se constrangidos a viver segundo a carne. Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito” — que habita em vós —, “mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis.” A exortação diz que devemos exercitar o poder que está em nós “pelo Espírito”. O Espírito é poder e está habitando em nós. Por isso, somos instados a exercer o poder que está em nós.
Mas, como isso se realiza na prática?… Para começar, temos de entender nossa posição espiritual, pois muitos de nossos problemas se devem ao fato de que não compreendemos e não recordamos quem e o que somos como crentes. Muitos se queixam de que não têm poder e de que não sabem fazer isto ou aquilo. O que precisamos dizer-lhes não é que eles são absolutamente incapazes e que devem desistir. Pelo contrário, todos os crentes precisam ouvir estas palavras de 2 Pedro 1.2-4: “Graça e paz vos sejam multiplicadas, no pleno conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor. Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade”. Tudo que “conduz à vida e piedade” nos foi dado por meio do “conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude”. E, outra vez: “Pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas [por meio dessas mui grandes e preciosas promessas] vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo”.
Apesar disso, há crentes que lamentam e se queixam de não terem forças. A respostas para esses crentes é esta: “Todas as coisas que dizem respeito à vida e à piedade lhes foram dadas. Parem de lamentar, murmurar e queixar-se. Levantem-se e usem o que está em vocês. Se vocês são crentes, o poder está em vocês pelo Espírito Santo. Você não estão desamparados”. Todavia, o apóstolo Pedro não parou ali. Ele disse também: “Aquele a quem estas coisas não estão presentes” — em outras palavras, o homem que não faz as coisas sobre as quais foi exortado — “é cego, vendo só o que está perto” (2 Pe 1.9). Ele tem uma visão curta, havendo “esquecido da purificação dos seus pecados de outrora”. Não possui uma visão verdadeira da vida cristã. Está falando e vivendo como se fosse uma pessoa não-regenerada. Ele diz: “Não posso continuar sendo cristão; é demais para mim”. Pedro exorta esse homem a compreender a verdade a respeito de si mesmo. Precisa ser despertado, ter seus olhos abertos e sua memória refrescada. Ele precisa se animar e fazer, em vez de lamentar as suas imperfeições.
Além disso, temos de compreender que, se somos culpado de pecado, entristecemos o Espírito Santo de Deus, que está em nós. Pecamos a todo momento. O fato deveras grave não é o de que pecamos e nos tornamos infelizes, e sim o de que entristecemos o Espírito de Deus que habita em nosso corpo. Quão frequentemente pensamos nisso? Acho que, ao falarem comigo a respeito desse assunto, as pessoas sempre falam sobre si mesmas — “meu erro”. “Estou sempre caindo nesse pecado.” “Este pecado está me desanimando.” Falam completamente a respeito de si mesmas. Não falam sobre o seu relacionamento com o Espírito Santo. E, por essa razão: o homem que compreende que o maior problema de sua vida pecaminosa é o fato de que está entristecendo o Espírito Santo, esse homem para de fazer isso imediatamente. No momento que o crente percebe que esse é o seu verdadeiro problema, ele lida com esse problema. Não se preocupa mais com seus próprios sentimos. Quando o crente compreende que está entristecendo o Espírito Santo de Deus, ele age imediatamente.
Outra consideração importante sobre este tema geral é o fato de que temos sempre de fixar-nos no alvo crucial. Pedro enfatizou isso no mesmo capítulo da sua epístola: “Procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum. Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 1.10-11). Se vocês fizerem o que exorto-os a fazer, ele disse, a morte, quando lhes chegar, será algo maravilhoso. Você não somente entrarão no reino de Deus; antes, terão uma entrada ampla. Haverá um desfile triunfante; os portões do céu serão abertos, e haverá grande regozijo. Pedro não estava se referindo à nossa salvação presente, e sim à nossa glorificação final, à nossa entrada nos “tabernáculos eternos” (Lc 16.9).
Portanto, temos de manter os olhos fixos nesse alvo. Nosso maior problema é que sempre estamos olhando para nós mesmos e para o mundo. Se pensarmos mais e mais sobre nós mesmos como peregrinos da eternidade (o que, de fato, somos), todo o nosso viver será transformado. Paulo afirmou isso no versículo 11 deste capítulo. Mantenham seus olhos nisso, eles disse em outras palavras; mantenham seus olhos no alvo. João disse a mesma coisa: “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro” (1 Jo 3.2-3). A causa de muitos de nossos problemas, como crentes, é que vivemos demais para este mundo. Persistimos em esquecer que somos apenas “peregrinos e forasteiros” neste mundo. Pertencemos ao céu; nossa pátria está no céu (Fp 3.20), e estamos indo para lá. Se apenas mantivéssemos isso diante de nossa mente, o problema de nossa luta contra o pecado assumiria um aspecto diferente…
Devemos nos mover agora do geral para o específico, relembrando-nos de que tudo é feito “pelo Espírito”, com uma mente iluminada por Ele. O que temos de fazer especificamente? O ensino do apóstolo pode ser considerado sob dois aspectos: direto e negativo, indireto e positivo.
No aspecto direto ou negativo, a primeira coisa que o crente tem de fazer é abster-se do pecado. É bem simples e direto! Pedro disse: “Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma” (1 Pe 2.11). Esse é um ensino bastante claro. Aqui não há qualquer sugestão de que somos incapazes, temos de desistir da luta e entregar tudo ao Senhor ressuscitado. Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes…” — parem de fazer isso, parem imediatamente, não o façam mais! Vocês precisam se abster totalmente desses pecados, essas “paixões carnais, que fazem guerra contra a alma”. Vocês não têm o direito de dizer: “Sou fraco, não posso; as tentações são poderosas”.
A resposta do Novo Testamento é: “Parem de fazer isso”. Vocês não precisam de hospital e de um tratamento médico; precisam recompor-se e compreender que são “peregrinos e forasteiros”. “Exorto-vos… a vos absterdes.” Vocês não têm qualquer negócio com essas coisas. Lembrem outra vez o ensino de Efésios 4: “Aquele que furtava não furte mais… Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe”. Não haja em vocês nenhuma dessas conversas ou gracejos tolos! Não façam isso! Abstenham-se! É tão simples e claro como estas palavras: parem de fazer isso!
Em segundo lugar, de modo específico, citando outra vez as palavras do apóstolo em Efésios: “Não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as. Porque o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonha” (Ef 5.11-12). Observe o que ele disse: “Não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas”. Vocês não devem apenas abster-se dessas coisas, mas também não ter comunhão com pessoas que fazem essas coisas ou têm esse modo de vida. “Não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as.” O princípio governante de sua deve ser o não associar-se com pessoas desse tipo. Fazer isso é ruim para você e lhe será prejudicial… Não devemos ter qualquer comunhão com o mal; antes, precisamos fugir dele e manter-nos tão distantes quanto pudermos.
Outro termo é “esmurrar” (1 Co 9.27). “Esmurro o meu corpo”, disse o apóstolo. “Todo atleta” — ou seja, aquele que compete nas corridas — em tudo se domina”. As pessoas que passam por treinos visando as grandes competições atléticas são bastante cuidadosas quanto à sua dieta; param de fumar e ingerem bebidas alcoólicas. Quão cuidadosos eles são! E fazem tudo isso porque desejam ganhar o prêmio! Se eles faziam isso, disse Paulo, por causa de coisas corruptíveis, quanto mais devemos disciplinar-nos a nós mesmos… O corpo tem de ser “esmurrado”. Nas palavras de nosso Senhor registradas em Lucas 21.34, há uma sugestão a respeito de como isso deve ser feito. Ele disse: “Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as consequências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente”. Não coma bem beba demais; não se preocupe excessivamente com as coisas deste mundo. Coma o suficiente e o alimento correto; mas não se torne culpado de “excesso”. Se uma pessoas satisfaz em demasia seu corpo, com alimento, bebida ou outra coisa, ele achará mais difícil viver uma vida cristã santificada e mortificar os feitos do corpo. Portanto, evite todos esses obstáculos, pois, do contrário, seu corpo se tornará indolente, pesado, moroso e lânguido. Há uma intimidade tão grande entre o corpo, a mente e o espírito, que achará grande problema em seu conflito espiritual. “Esmurre o corpo.”
Outra máxima usada pelo apóstolo, na Epístola aos Romanos, se acha no capítulo 13: “Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências” (v. 14). Se querem mortificar os feitos do corpo, “nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências”. O que isso significa? Em Salmos 1, achamos um discernimento claro quanto ao significado dessas palavras do apóstolo. Eis a prescrição: “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores” (Sl 1.1). Se vocês querem viver esta vida piedosa e mortificar os feitos do corpo, não gastem tempo permanecendo nas esquinas das ruas, porque, se fizerem isso, provavelmente cairão em pecado. Se permanecerem no lugar por onde o pecado talvez passará, não se surpreendam se voltarem para casa em tristeza e infelicidade, porque caíram no pecado. Não se detenham no “caminho dos pecadores”. E, menos ainda, devem vocês assentar-se “na roda dos escarnecedores”. Se permanecerem em tais lugares, não haverá surpresa em caírem no pecado. Se vocês sabem que certas pessoas lhes são má influência, evitem-nas, fujam delas. Talvez vocês digam: “Eu me ajunto com elas para ajudá-las, mas percebo que, todas as vezes, elas me levam ao pecado”. Se isso é verdade, não estão em condições de ajudá-las…
No livro de Jó, o homem sábio disse: “Fiz aliança com meus olhos” (Jó 31.1). Era como se dissesse: “Olhem diretamente, não olhem para a direita ou para a direita. Cuidem de seus olhos propensos a vaguear, esses olhos que se movem quase automaticamente e veem coisas que iludem e induzem ao pecado”. “Faça uma aliança com os seus olhos”, declara esse homem. Concorde em não olhar para coisas que tendem a levá-lo ao pecado. Se isso era importante naqueles dias, é muito mais importante em nossos dias, quando temos jornais, cinemas, outdoors, televisão e assim por diante! Se há uma época em que os homens precisam fazer aliança com seus olhos, esta época é agora. Tenham cuidado com o que leem. Certos jornais, livros e diários, se os lerem, eles lhes serão prejudiciais. Vocês devem evitar tudo que lhes prejudica e diminui sua resistência. Não olhem na direção dessas coisas; não queira nada com elas… Na Palavra de Deus, vocês são instruídos a mortificar “os feitos do corpo” e não satisfazer “a carne no tocante às suas concupiscências”. Agradeça a Deus pelo evangelho poderoso. Agradeça a Deus pelo evangelho que nos diz que agora somos seres responsáveis em Cristo e que nos exorta a agir de um modo que glorifica o Salvador. Portanto, “nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências”.
Meu próximo assunto é sobremodo importante: enfrentem as primeiras movimentações e impulsos do pecado em vocês; combatam-nos logo que aparecerem. Se não fizerem isso, estão arruinados. Vocês cairão, conforme somos ensinados na Epístola de Tiago: “Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta. Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte”. A primeira moção do pecado é um encantamento, uma leve incitação de cobiça e sedução. Esse é o momento em que temos de lidar com o pecado. Se deixarem de enfrentar o pecado nesse estágio, ele os vencerá. Cortem o mal pela raiz. Ataquem-no de imediato. Nunca lhes permitam qualquer avanço. Não o aceitem de maneia alguma. Talvez sintam-se inclinados a dizer: “Bem, não farei tal coisa”; mas, se aceitam a ideia em sua mente e começam a afagá-la e entretê-la em sua imaginação, vocês já estão derrotados. De acordo com o Senhor, vocês já pecaram. Não precisam realmente cometer o ato; nutri-lo no coração já é o suficiente. Permitir isso no coração significa pecar aos olhos de Deus, que conhece tudo a respeito de nós e vê até o que acontece na imaginação e no coração. Portanto, destruam o mal pela raiz, não tenham qualquer relação com ele, parem-no imediatamente, ao primeiro movimento, antes que comece a acontecer esse processo ímpio descrito por Tiago.
No entanto, lembrem-se de que isto — que será nosso próximo assunto — não significa repressão. Se vocês apenas reprimirem uma tentação ou esse primeiro movimento do pecado, ele provavelmente surgirá novamente com mais vigor. Nesse sentido, concordo com a psicologia moderna. A repressão é sempre má. “Então, o que devo fazer?”, alguém pergunta. Eu respondo: quando sentir aquele primeiro movimento do pecado, erga-se e diga: “Isto é mau; isto é vileza; é aquilo que expulsou do Paraíso os nossos primeiros pais”. Rejeite-o, enfrente-o, denuncie-o, odeie-o pelo que é. Assim, terá lidado realmente com o pecado. Você não deve apenas fazê-lo recuar, com um espírito de temor e de maneira tímida. Traga-o à luz, exponha-o, analise-o e, denuncie-o pelo que ele é, até que o odeie.
Meu último assunto neste tema é que, se você cair no pecado (e quem não cai?), não restaurem a si mesmos de modo superficial e apressado. Leiam 2 Coríntios 7 e considerem o que Paulo disse sobre a “a tristeza segundo Deus” que produz arrependimento. Outra vez, tragam à luz aquilo que fizeram, contemplem-no, analisem-no, exponham-no, denunciem-no, odeiem-no e denunciem a si mesmos. Mas não façam isso de um modo que os atire nas profundezas da depressão e desânimo! Sempre tendemos a ir aos extremos; ou somos muito superficiais ou muito profundos. Não devemos curar superficialmente a ferida (cf. Jr 6.14), mas tampouco devemos lançar-nos no desespero e melancolia, dizendo que tudo está perdido, que não podemos ser crentes, e retornar ao estado de condenação. Isso é igualmente errado. Temos de evitar ambos os extremos. Façam uma avaliação honesta de si mesmos e do que fizeram, condenando totalmente a si mesmos e seu ato; porém compreendam que, confessando-o a Deus, sem qualquer desculpa, “ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.9).Se vocês fizerem essa obra de maneira superficial, cairão novamente no pecado.E, se vocês se lançarem em um abismo de depressão, hão de sentir-se tão desesperados que cairão em mais e mais pecado. Uma atmosfera de melancolia e fracasso leva a mais fracasso. Não caiam em nenhum desses erros, mas respondam à obra da maneira como o Espírito sempre nos instrui a fazê-la.
Dr. Martyn Lloyd-Jones - Mortificando o pecado pelo Espírito Santo – (fonte: Editoral Fiel)
ORIGINALTradução: Wellington Ferreira
Copyright© Editora FIEL 2011Extraído de Romans: Na Exposition of Chapter 8:15-17, The Sons of God, p. 132-144, publicado pela Banner of Truth Trust.

Como Mortificar o Pecado - John Piper





Ora, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça. E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo Jesus há de vivificar também os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita. Portanto, irmãos, somos devedores, não à carne para vivermos segundo a carne; porque se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis. Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes com temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai! O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus; e, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.
Há três semanas eu toquei a trombeta para Plantar uma Paixão – para despertar um sonho em você de espalhar uma paixão pela supremacia de Deus em todas as coisas para a alegria de todos os povos formando uma igreja com um novo, forte, centrado em Deus, exaltando a Cristo, saturado da Bíblia, mobilizado em missões, ganhadores de almas, perseguidores da justiça em algum lugar além das cidades de Twin. Eu oro para que esta visão de Plantar uma Paixão esteja latente em todos vocês.

Um Chamado para os Perseguidores da Justiça, Cristãos Coronarianos

Então, nas duas últimas semanas, vivenciamos um pouco do que significa ser uma igreja que persegue a justiça. Focamos, há duas semanas, na justiça racial, e nos concentramos, na semana passada, na questão da justiça dos bebês que sofrem devido ao aborto. E, em geral, o meu apelo foi para que Deus possa criar cristãos perseguidores da justiça e cristãos coronarianos na Igreja Batista Belém - não cristãos adrenais. Cristãos que continuam a bombear sangue de vida hora após hora, dia após dia, semana após semana, mês após mês, ano após ano, década após década em uma causa maior do que você ou sua família ou sua igreja. Cristãos maratonistas, não velocistas . Cristãos como William Wilberforce que deu toda a sua vida para acabar com o tráfico de escravos na Grã-Bretanha há 200 anos .
Um de seus adversários disse: "É necessário ver como ele é abençoado com uma quantidade suficiente de espírito entusiasta que, em vez de ceder, cresce mais vigorosamente a partir de golpes." Em outras palavras: derrube-o e ele se levantará mais forte. Não há muitas pessoas assim na América de hoje. A maioria das pessoas que é derrubada por causa da injustiça hoje em dia "sente pena de si mesma, pergunta onde Deus estava, e então processa alguém”. Um cristão coronariano aprende com a derrota, se levanta , estabelece uma nova meta e insiste na causa.

Cristãos Coronarianos declaram guerra contra seus pecados

Agora, nesta manhã, voltamos a Romanos 8 para retomar de onde paramos em 16 de dezembro. Mas eu ainda estou trabalhando a ideia “Plantando uma Paixão”, e eu ainda estou trabalhando para construir uma igreja “Perseguidora da Justiça”, e eu ainda estou pedindo a Deus para criar cristãos coronarianos , porque é isso que os versos 12 a 13 me ajudam a fazer. Se você pretende ser o tipo de pessoa que se levanta quando é derrubado e, em vez de planejar a vingança, planeja novas estratégias de amor, e ao invés de questionar a Deus, se submete à sua sábia e bondosa soberania, e em vez de lamentar-se, alegra-se na tribulação e é refinado como o aço, então você terá que aprender a mortificar os pecados de autopiedade e orgulho e amargura e amor ao “louvor dos homens”. Em outras palavras, os cristãos coronarianos e que alegremente se envolvem em alguma grande Causa de amor e de justiça, não vêm do nada. Eles saem da fornalha ardente da guerra contra o pecado - lutam principalmente em suas próprias almas.
Vejamos os versículos 12-13: "Portanto, irmãos, somos devedores, não à carne para vivermos segundo a carne; porque se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis." Se você deseja ser um cristão coronariano , que busca a justiça, cristão plantador de paixão – ou, neste caso, um tipo de cristão que herda a vida e não a morte – Paulo diz que você não deve ser um “pagador de dívidas” à carne – àquela antiga rebelde e insubordinada natureza autossuficiente que todos nós temos (Romanos 8:7). "Irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne" – a única coisa que devemos à carne é inimizade e guerra. Não perca tempo com o seu destruidor. Não seja um “pagador de dívidas” ao seu destruidor. Saia da dívida para com a carne, não pague para a sua própria destruição.
Como? Perguntamos. Isso é o que o versículo 13 descreve. Se você pretende ser um cristão coronariano , perseguidor da justiça, plantador de paixão, um cristão livre-de-débito-com-a-carne-mortal, você deve ser hábil em matar seus próprios pecados. A linguagem aqui é perigosa, então tome cuidado. Não pense nos pecados de outras pessoas. Não pense sobre como as pessoas erram com você. Pense em seus próprios pecados. Isso é o que Paulo está falando. Versículo 13b: "Mas, se pelo Espírito que você está colocando à morte as obras de [seu!] Corpo, você vai viver."

John Owen sobre a mortificação do pecado

O grande mestre da igreja sobre esta doutrina é John Owen. Provavelmente ninguém a sondou mais profundamente. Ele escreveu um pequeno livro de 86 páginas chamado “Mortificação do pecado: o que todo cristão precisa saber”. Todo o livro é uma exposição deste versículo, Romanos 8:13. Ele disse assim: "Se você não estiver continuamente matando o pecado, ele estará continuamente matando você."
Minha mãe escreveu na minha Bíblia, quando eu tinha 15 anos - Eu ainda tenho essa Bíblia - "Este livro irá mantê-lo longe do pecado, ou o pecado irá mantê-lo longe deste livro." Veremos que estes dois lemas estão intimamente ligados, porque Romanos 8:13 diz que devemos mortificar o pecado pelo Espírito - "Se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis."- E qual é o instrumento de morte utilizado pelo Espírito? A resposta é dada em Efésios 6:17 - "A espada do Espírito, a Palavra de Deus." Este livro irá mantê-lo longe do pecado - este livro irá matar o pecado. Voltaremos a este tema daqui a duas semanas.
Mas, por agora eu só quero que você veja como tudo nestas últimas semanas está conectado. Pensávamos que estávamos nos desviando de Romanos desde 16 de dezembro, mas acontece que nós estávamos simplesmente aplicando o que acontece quando os cristãos condenam as obras do corpo à morte. Eles se tornam coronarianos , maratonistas, centrados em Deus, que exaltam a Cristo, que buscam a justiça, cristãos que plantam uma Paixão.
Então, agora, o que seria útil saber a fim de experimentar o que Romanos 8:13 está pedindo? Bem, eu vejo quatro perguntas que seriam úteis responder para que possamos saber como devemos ser para cumprir esse dever fundamental de matar o pecado.
  1. O que são “as obras do corpo", quando Paulo diz: "Se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis?" Certamente nem todas as obras do corpo devem ser mortas. O corpo deve ser, supostamente, um instrumento de justiça. Então quais são as obras do corpo que precisam ser mortas?
  2. O que significa matá-las? Será que elas têm vida e que devemos tirá-la? O que está envolvido na morte delas?
  3. O que "pelo Espírito” isso significa? O Espírito é o próprio Deus. Ele não é um instrumento sem vida em nossas mãos para empunharmos como nós desejamos. O próprio pensamento de ter o Espírito em minha mão é um desrespeito que me dá arrepios. Sou eu quem está nas mãos dele, não sou? Não é Ele que está em minhas mãos. Ele é o poder, não eu. Como devo entender o mortificar o pecado "pelo Espírito"?
  4. Será que esta ameaça de morte significa que eu posso perder minha salvação? Verso 13: "Porque se viverdes segundo a carne, haveis de morrer." Isso é falado para toda a igreja em Roma. E a morte aqui é a morte eterna e julgamento. Sabemos que, porque todos pecaram - se você vive segundo a carne ou não – passarão pela morte física. Então a morte sobre a qual este versículo adverte é algo mais, algo que só acontece para alguns e não para os outros. Assim a pergunta permanece: Será que podemos morrer eternamente, se fomos justificado pela fé? Se nós temos de fato uma segurança, por que Paulo nos ameaça a todos com a morte se vivermos segundo a carne e nos fala deste negócio de “mortificar o pecado”?
Então vamos começar aqui com esta última pergunta e depois voltaremos às outras nas próximas semanas. Do que devemos nos livrar esta manhã é uma sensação geral de como a justificação se relaciona com a mortificação do pecado, e como é crucial fazermos isto.

Será que a ameaça de morte implica que podemos perder a nossa salvação?

Você sabe a minha resposta: Não, alguém que é justificado pela fé, sem as obras da lei, não pode morrer no sentido da morte eterna. Uma das minhas principais razões para acreditar nisso é encontrada neste capítulo, no versículo 30. Neste versículo Paulo argumenta que a salvação do começo ao fim é uma obra de Deus com cada parte ligada a outra em uma cadeia inquebrável. Romanos 8:30: "E aqueles que predestinou, também chamou, e aqueles que chamou, também justificou, e aos que justificou também glorificou." Aqui a ligação entre a justificação e a glorificação é certa. Se você tem sido justificado pela fé, você será glorificado. Ou seja, você será levado para a vida eterna e glória. A corrente não será quebrada: Predestinação, chamando, justificação e glorificação.

Mortificação é o resultado e a Evidência de Justificação

Portanto, a questão é, então, por que Paulo diz à igreja em Roma - e para nós (Bethlehem) - (versículo 13) "Porque se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis? " A razão é esta: Mortificar as obras do corpo pelo Espírito - a prática diária de matar o pecado em sua vida - é o resultado de ser justificado e a evidência de que você é justificado pela fé, sem as obras da lei. Se você está em guerra contra seu pecado, e andando pelo Espírito, então você sabe que foi unido a Cristo pela fé. E se você foi unido a Cristo, então o Seu sangue e justiça fornecem a base inabalável de sua justificação.
Por outro lado, se você está vivendo segundo a carne - se você não está em guerra contra a carne, e não realizando a prática de matar o pecado em sua vida, então não há nenhuma razão convincente para pensar que você está unido a Cristo pela fé ou que você é, portanto, justificado. Em outras palavras, mortificar as obras do corpo não é a maneira que nós somos justificados, é uma das maneiras de Deus nos mostrar que somos justificados. E assim Paulo nos ordena a fazê-lo – seguir mortificando o pecado - porque se nós não guerearmos contra a carne e condenarmos à morte as obras do corpo pelo Espírito - se o crescimento na graça e santidade não significar nada para nós - então vamos mostrar que provavelmente nossa profissão de fé é falsa, e que a nossa membresia na igreja é uma farsa e nosso batismo é uma fraude, e nós provavelmente não somos cristãos de fato.

Mortificação do pecado é o efeito e não a causa de nossa Justificação

Este é um bom lugar para revisão e para restabelecer a grande base para o nosso apelo ao coronariano , aos cristãos perseguidores da justiça. Será que estamos chamando você para viver dessa maneira para que seja justificado ou estamos chamando você para viver desta forma porque este é o caminho que os pecadores justificados trilham? É a busca da justiça e do amor "pelo Espírito" com perseverança ao longo da vida a causa ou o efeito de se estarmos “em dia” com Deus?
Vamos deixar Wilberforce responder. Aqui estava um homem que tinha uma paixão pela santidade e justiça talvez maior do que qualquer um nos seus dias. Quando escreveu seu livro, “Uma Visão Prática do Cristianismo”, para anunciar esta paixão pela justiça e pelo engajamento político na causa da justiça, eis o que ele disse:
O cristianismo é um esquema "para justificar o ímpio" [Romanos 4:5], por Cristo ter morrido por eles", quando ainda eram pecadores" [Romanos 5:6-8], um esquema "para reconciliar-nos a Deus" - quando ainda éramos seus inimigos [Romanos 5:10] e para fazer os frutos de santidade serem os efeitos, não a causa, da nossa justificação e reconciliação.
Nós passamos quase quatro anos estabelecendo as bases para a compreensão de Romanos 8. Os cinco primeiros capítulos de Romanos demonstram que a única maneira de nós pecadores sermos declarados justos aos olhos de Deus é por Sua justiça ter sido dada a nós - creditada a nós, imputada a nós - pela graça, mediante a fé, sobre a base da vida perfeita de Cristo e de Sua morte, e não com base em nossas próprias obras. Deus é justo e justifica o ímpio que tem fé em Jesus (Romanos 3:26).
Posto esse fundamento deslumbrante e indizivelmente maravilhoso , Paulo teve que perguntar no capítulo 6, por duas vezes: verso 1: "Que diremos, então, devemos continuar no pecado, para que a graça aumente?" Versículo 15: "E então? Vamos pecar porque não estamos debaixo da Lei, mas debaixo da graça?”. E os capítulos 6 e 7 são escritos para mostrar que a justificação pela fé somente não pode e não deve levar uma pessoa a fazer as pazes com o pecado.
Paulo responde sua própria pergunta em Romanos 6:2: "Como podemos nós, que morremos para o pecado ainda viver nele?" Não podemos. Se nós morremos para o pecado e fomos unidos a Jesus em sua morte, não podemos ficar casados com o pecado. A fé que nos une a Cristo nos desata de seus concorrentes. A fé que faz as pazes com Deus faz guerra contra o pecado. Se você não está em desacordo com o pecado, você não está “em casa” com Jesus, não porque estar em desacordo com o pecado o faz merecer estar “em casa” com Jesus, mas porque estar “em casa” com Jesus o faz estar em desacordo com o pecado.
Portanto, eu o chamo e o exorto, a estar centrado em Deus, exaltando a Cristo, ganhando almas, buscando a justiça, espalhando a paixão (pela glória de Deus), pois cristãos que serão galardoados não vivem segundo a carne, mas "pelo Espírito mortificam as obras do corpo". Esteja constantemente matando o pecado ou o pecado vai estar constantemente matando você.
PARTE 02
"E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça. E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita. Assim pois, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne. Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis. Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados." Romanos 8:10-17
Duas semanas atrás, eu dirigi a nossa atenção para os versículos 12 e 13, e tentei responder a uma questão. Estes versos dizem: "Assim, pois, irmãos," – veja que o "assim então" decorre da gloriosa verdade no versículo 11 que os nossos corpos mortais vão ser ressuscitado dos mortos pelo Espírito de Deus, de modo que nós podemos desfrutar de Deus para sempre como ele nos criou para sermos, corpo e alma - ". Assim pois, irmãos, somos devedores, não à carne [aquele antigo e rebelde ser] para viver segundo a carne" - você não deve nada a carne, a não ser inimizade e guerra. Ela está tentando matá-lo desde o dia em que você nasceu. Não junte forças com seu inimigo e pague pela sua própria destruição, cedendo a carne. Você não é um devedor a carne.
Agora ele continua no versículo 13: "Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis." Você não deve nada a carne. Você deve tudo ao Espírito de Deus. Ele vai fazer com que você viva na ressurreição (vers. 11); e a perseverança que você precisa para alcançar a ressureição e ter a vitória sobre os seus pecados vem "pelo Espírito". "se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis." Se você tentar sobreviver como um cristão de qualquer outra forma que não seja "pelo Espírito", você não vai sobreviver. Você vai morrer. O que eu tentei mostrar na última vez é que esta ameaça é real e a demanda de lutar é muito importante.
Até que você acredite que a vida é guerra – e que o que está em jogo é a sua alma - você provavelmente só irá jogar com o cristianismo sem seriedade, sem vigilância, sem paixão e sem mentalidade de guerra. Se é assim que você está, esta manhã, a sua posição é muito precária. O inimigo tem embalado você no sono ou em uma mentalidade de paz, como se nada de grave estivesse em jogo. E Deus, em sua misericórdia, trouxe você aqui esta manhã, e escolheu esse sermão para acordá-lo e colocá-lo em posição de guerra.
Jesus disse em Mateus 11:12 "E, desde os dias de João o Batista até agora, se faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele." Você quer entrar no reino dos céus? Tome-o violentamente! Mas violência contra quem - ou contra o quê? Ouça a resposta de Jesus: "Se a tua mão ou o teu pé te faz tropeçar, corta-a e lança-o de ti; que é melhor para você entrar na vida aleijado ou coxo, do que, tendo duas mãos ou dois pés, ser lançado para o fogo eterno" (Mateus 18:8). Você quer entrar na vida? Toma-o violentamente. Corte sua mão ou seu pé se for preciso para livrar-se de tropeçar. Essa é uma imagem do tipo mais radical de assalto contra o nosso próprio pecado. Não os pecados dos outros – os nossos pecados.
Coloque isso em cima de Romanos 8:13: “se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis." Você quer entrar na vida? Você quer viver? Torne-se violento. Obtenha uma mentalidade de guerra. Pare de fazer a paz com ouvidos, olhos, línguas, mãos e pés que traem você como Judas, e que vão para o lado do inimigo e se tornam instrumentos de pecado e fazem guerra contra a sua alma. Mate os atos de seu corpo.

A guerra violenta da Vida Cristã

Ed Welch, em preparação para seu livro chamado Um Banquete no Túmulo (Presbiteriana Reformada & Publishing, 2001), disse:
. . . há um caminho maldoso para o auto-controle autêntico. . . Auto-controle não é para os tímidos. Quando queremos crescer nele, nós não apenas nutrimos uma exuberância por Jesus Cristo, nós também exigimos de nós mesmos um ódio pelo pecado. . . . A única atitude possível para desejos fora-de-controle é uma declaração de guerra total. . . . Há algo sobre a guerra que aguça os sentidos. . . Ouvir o estalo de um galho ou o farfalhar das folhas e você está em modo de ataque. Alguém tosse e você está pronto para puxar o gatilho. Mesmo depois de dias de pouco ou nenhum sono, a guerra mantém-nos vigilantes.
Há um caminho maldoso e violento na verdadeira vida cristã! Mas é uma violência contra quem, ou o quê? Não às outras pessoas. É uma violência contra todos os impulsos em nós de sermos violentos contra as outras pessoas. É uma violência contra todos os impulsos em nós mesmos que fariam paz com nosso próprio pecado e instalariam uma mentalidade de paz. É uma violência contra toda a luxúria em nós mesmos, e os desejos escravizantes por comida, cafeína, açúcar, chocolate, álcool, pornografia, dinheiro, a glória dos homens, aprovação dos outros, poder ou fama. É a violência contra os impulsos de nossa própria alma como o racismo e indiferença em relação a injustiça, a pobreza e ao aborto.
Cristianismo não é uma religião que se contenta em viver em paz com este mundo. Se pelo Espírito, você matar os feitos de seu próprio corpo, você vai viver. O cristianismo é guerra. Contra nossos próprios impulsos pecaminosos.
Então, vamos trabalhar sobre este assunto um pouco mais nesta manhã. Eu disse que há três questões ainda por responder?
  1. O que são "os feitos do corpo" que estamos matando?
  2. O que matá-los significa? O que é este matar?
  3. Como você faz isso "pelo Espírito"? O que significa "pelo Espírito" significa?

1. O que são "os feitos do corpo" que estamos matando?

Paulo está retomando aqui o que ele tinha dito em Romanos 6. Então vamos lá nos lembrar de algumas coisas. Tome três versos para lançar luz sobre Romanos 8:13. Primeiro, Romanos 6:13, "Nem tampouco apresenteis os vossos membros [o vosso corpo] ao pecado por instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça." Quais são, então "os feitos do corpo" que devem morrer? São as ações que estamos prestes a fazer (e você deve matá-las antes que elas aconteçam), quando nossos corpos são "instrumentos de injustiça."
Segundo, Romanos 6:12, "Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências;" Quando o corpo mortal é levado cativo pelo pecado e é obrigado a obedecer a luxúria, e então aí podemos ver as "obras da carne", que devem ser postas à morte.
Terceiro, Romanos 6:6, "o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado." Cito este versículo para lembrá-lo da verdade importante e distinta do cristianismo sobre matar as ações pecaminosas do corpo, ou seja, em união com Jesus Cristo pela fé, você já está morto para o pecado e vivo para Deus, e o que você está fazendo quando mata as obras do corpo é fazer na prática, o que já foi feito por você, em Cristo. "o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito". Quando Cristo morreu, nós morremos também se estamos unidos a Ele pela fé. E nós morremos com ele, para que possamos demonstrar esta morte, matando as obras pecaminosas do corpo. E porque nós já temos a vitória, então podemos ter sucesso em nossa violência contra o pecado! Ele quebra o poder do pecado cancelado. Nós só podemos matar o pecado que já está morto quando nós fomos mortos em Cristo. Este é o cristianismo, não é um auto-aperfeiçoamento moral.
Portanto, a resposta para a primeira pergunta: "Quais são as obras do corpo, em Romanos 8:13?" São as obras que estão prestes a serem realizadas pelo pecado,luxúria, ou injustiça. O pecado é mais profundo do que as obras. As obras são o instrumento do pecado. E quando os nossos corpos estão prestes a por em práticas as obras do pecado nós colocamos em ação a morte. Nesta guerra contra nós mesmos, os traidores são condenados à morte.

2. O que é matar?

A resposta é que você sufoca os atos pecaminosos do corpo. Você corta a linha da vida, o fluxo de sangue. As obras do corpo surgem de algum lugar. Jesus disse: "Mas, o que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. São estas coisas que contaminam o homem; mas comer sem lavar as mãos, isso não contamina o homem.” Mateus 15:18-20. Atos pecaminosos têm uma linha de vida que deve ser cortada.
Em outras palavras, é uma condição do coração que dá origem aos "feitos do corpo." É uma questão do coração. Devemos cortar as mãos e arrancar os olhos, não literalmente mas com esse tipo de trabalho violento do coração. Você mata o fruto mau, cortando a raiz ruim.
Qual é a raiz ruim dos "feitos do corpo"? Você pode ver isso em Romanos 8:7. " Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.” Romanos 8:7 A raiz dos "feitos do corpo" que precisa de ser morta é a carne que é hostil contra Deus, e sem vontade e incapaz de se submeter a ele. Versículo 13: " Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis;" A carne é o grande inimigo aqui. E é um inimigo porque ele é insubordinado e hostil a Deus. Ele não gosta de Deus e não quer ser receber ordens sobre o que deve fazer.
Então, para matar "os feitos do corpo" que este inimigo produz, você tem que cortar a linha da vida. Aperte o tubo de ar. Parar o fluxo de sangue. As obras devem ser mortas antes que elas aconteçam, cortando a raiz de hostilidade e insubordinação que rejeita Deus.

3. Como você faz isso "Pelo Espírito"?

Vamos chegar a resposta, seguindo três etapas, cada uma com um texto diferente.
Primeiro passo: mantenha a sua mente nas coisas do espírito
Etapa # 1. Note que em Romanos 8:5-6 como Paulo fala da carne e do Espírito (o mesmo par ele contrasta aqui em verse13): " Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. (mantém suas mentes nas coisas do Espírito) Porque a inclinação da carne é morte; (como o versículo 13 diz!) mas a inclinação do Espírito é vida e paz.(como o verso 13b diz)." Então, o primeiro passo para a resposta é esta: mortificar as obras do corpo pelo Espírito envolve que você mantenha a mente nas coisas do Espírito, Vocão não pode simplesmente olhar para a tentação e dizer NÃO. Você faz isso mas se você irá matá-lo pelo Espírito, você tem que fazer mais: você dirige sua mente, seu coração, seu foco espiritual em outra direção, ou seja, para as "coisas do Espírito."
Segundo passo: mantenha a sua mente sobre a Palavra de Deus e as realidades que elas representam
Etapa # 2. O que são "as coisas do Espírito"? Se nós vamos fixar as nossas mentes e corações, na hora da tentação, de modo a matar o pecado, o que devemos olhar? Aqui o texto fundamental é 1 Coríntios 2:13-14, onde Paulo fala sobre o seu próprio ensino como as palaveas inspiradas por Deus. Este é o único outro lugar no Novo Testamento, onde essa frase: "coisas do Espírito" é usada. Ele fala de suas revelações como esta: “As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina... (14) Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente."
Então, aqui "as coisas do Espírito" são as palavras de Deus faladas pelos apóstolos. A partir disso, eu faço a inferência de que quando Romanos 8:06 diz que "os que são segundo o Espírito cogitam das coisas do Espírito", ele quer dizer que eles se fixaram nas palavras de Deus e as realidades que elas representam. Estas são as "coisas do espírito" que a pessoa natural rejeita, e a pessoa espiritual abraça. Então, matar as obras do corpo "segundo o Espírito" é "fixar a sua mente sobre as coisas do Espírito", o que agora entendemos que significa aceitar as palavras de Deus (e da realidade que elas apontam) faladas por seus porta-vozes inspirados.
Isto é especialmente importante porque a "palavra de Deus" é chamada de "espada do Espírito" em Efésios 6:17. E as espadas são usadas para matar. E é isso que estamos fazendo "pelo Espírito" em Romanos 8:13. Mate os feitos do corpo pelo Espírito, isto é, fixando sua mente sobre "as coisas do Espírito", isto é, acolher e abraçar a "palavra de Deus" em sua mente e coração, isto é, tomando a espada do Espírito, que é a espada mortal que mata o pecado.
Etapa três: pelo ouvir com fé, e não obras da lei
Etapa # 3. De forma prática o que você faz para trazer o poder do Espírito, pela palavra de Deus, com o vigor para matar o pecado? A resposta é clara em Gálatas 3:5: “Aquele, pois, que vos dá o Espírito, e que opera maravilhas entre vós, fá-lo pelas obras da lei, ou pela pregação da fé?” A resposta é que o Espírito é fornecido a nós, para miraculosamente e poderosamente matar o pecado, não por obras da lei, mas pelo "ouvir com fé".
Por que ele diz "pelo ouvir com fé", em vez de apenas "pela fé"? Para enfatizar que o que a fé ouve, recebe e abraça é algo ouvido, ou seja, "a palavra de Deus", que é a espada do Espírito, que mata o pecado.
Como ele faz isso? Bem, vamos guardar isso para um próximo sermão quando eu voltar. Mas não estamos impotentes nesta manhã. O que estamos dizendo é que quando a tentação vem, juntamente com um “NÃO!” muito poderoso e firme, você deve olhar para a palavra de Deus, especialmente para uma palavra que promete que vai ser mais para nós e fazer mais por nós do que o que este pecado promete. E se você acreditar nela – esta é a batalha principal - você vai cortar a raiz do pecado.
Então mergulhe sua mente e coração na fonte da verdade, da vida e do poder - as promessas de Deus, e quando a tentação vier, tome esta palavra totalmente satisfatória, esta espada do Espírito, e creia nela, e por ela corte a raiz do pecado. Mate-o.
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sábado, 22 de fevereiro de 2014
Posted by Daniel Filho

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